NOTÍCIAS
Informativo de soja, milho e trigo mercado
04/DEZ
🌱SOJA –
Destaque Global: O "Degelo" Trump-Xi
A grande notícia da semana foi a ligação entre Donald Trump e Xi Jinping (24/Nov).
* O Efeito: Imediatamente após a conversa, a China comprou pelo menos 10 cargas de soja dos EUA (aprox. US$ 300 milhões) para janeiro.
* Atenção: A China pagou mais caro pela soja americana do que pela brasileira, um claro sinal político de "boa vizinhança" comercial, o que trouxe volatilidade a Chicago (CBOT).
Cenário Brasil: Preços Firmes
No mercado interno, a saca se valorizou.
* Motivo: A combinação de dólar valorizado (rodando a casa dos R$ 5,35 - R$ 5,40) e a retração dos produtores, que seguram a venda aguardando definições climáticas, sustentou os preços.
* Referência: Em portos como: Paranaguá, preços orbitando a faixa de R$ 142/saca.
Monitor da Safra 25/26
* Plantio: Avançado, cobrindo cerca de 81% da área total no Brasil.
* Clima: O sinal de alerta segue ligado no Cerrado/Centro-Oeste devido às chuvas irregulares (alguns casos de replantio). Já no Sul (RS), as condições seguem favoráveis e o plantio acelera.
CBOT (Chicago): Volátil, testando a casa dos US$ 11,30/bushel.
💲 Dólar: Oscilando entre R$ 5,34 e R$ 5,40.
🚢 Exportações: Novembro segue com volumes recordes de saída de grão brasileiro, apesar da nova movimentação chinesa nos EUA.
💡Para ficar de olho: A continuidade das chuvas no Centro-Oeste e se as compras chinesas nos EUA foram pontuais ou o início de uma tendência mais longa.
🌱MILHO – O volume de negócios permanece baixo, com liquidez reduzida em várias regiões, ou seja, muitos produtores e compradores têm se mostrado cautelosos.
Essa “retenção de oferta” por parte dos produtores, que buscam preços maiores, contribui para o ritmo lento nas negociações.
O preço spot (ou físico) do milho está em recuperação nos últimos dias.
Há cautela com liquidez baixa e oferta retraída, o ritmo de comercialização tende a seguir lento, o que pode limitar movimentos bruscos de alta.
A falta de chuvas no sul segue preocupando o mercado. As perdas já são consideráveis em várias lavouras do sequeiro.
🌱TRIGO – A intensificação da colheita de trigo no Sul do Brasil tem ampliado a oferta regional e limitado avanços mais significativos nos preços. Grande parte dessa produção já está comprometida, garantindo movimentação constante entre produtores e armazenadores. Embora o ritmo das negociações ainda esteja abaixo do esperado para o período, mostra-se suficiente para assegurar fluidez ao comércio interno.
Apesar da redução na área plantada nesta safra, a produtividade surpreendeu positivamente, e a produção deve ficar apenas 2,6% abaixo do ciclo anterior, conforme números da Conab.
No cenário internacional, a pressão baixista também se intensifica. O USDA elevou suas estimativas para a oferta global e projeta produção recorde de 829 milhões de toneladas em 2025/26. Os estoques mundiais devem subir para 271,4 milhões de toneladas, revertendo quatro ciclos de queda.
A Argentina, principal fornecedora do Brasil, pode colher até 25,5 milhões de toneladas. Com oferta externa robusta e valorização do real frente ao dólar, o produto brasileiro perde competitividade.
🌱COTAÇÕES NO MERCADO DISPONÍVEL:
💰Soja: R$ 142 (sc) FOB
💰Milho: R$ 70 (sc)
💰 Trigo: R$ 60 (sc) FOB